Descrição
A espinheira-santa é uma espécie arbustiva sub-tropical, nativa da América do Sul, sobretudo do sul do Brasil, ocorrendo nas beiradas de matas de araucária, sub-bosques, capões, à beira de rios e em matas ciliares. Em Santa Catarina é encontrada principalmente nas florestas Ombrófila Mista e Estacional Semidecidual, nos planaltos Central e Norte e região Oeste.
Principais componentes bioativos das folhas:
Friedelina, friedelanol, quercetina, campferol, ilicifolinosídeos, maitensinóides, ácidos clorogênico, maitenóico, salasperônico e salicílico, d-amirina, taninos, maitenosídeos, maitensina, cangorosinas, pristimerina, friedooleananona, ilicifolina, maitenina, maitolidina, maitenoquinona, hidroximaitenina, celastrol e flavonóides. O conteúdo de fenóis totais é de 17% e de taninos é de 3%, podendo chegar a 4,6%. O teor de substâncias tânicas é maior em folhas de plantas expostas ao sol (3,79%) do que em folhas de plantas à sombra (2,34%).
Principais atividades farmacológicas:
Antiulcerogênica, com efeito comparável à cimetidina e ranitidina. O efeito protetor persiste por um mínimo de 16 meses após a coleta da planta. O efeito antiulcerogênico deve-se principalmente aos triterpenos friedelina e friedelanol e taninos. Os extratos inibem a secreção gástrica e incrementam o pH. O tratamento de voluntários humanos, portadores de úlceras e dispepsia, com liofilizados de abafados das folhas de espinheira-santa (200mg, duas vezes ao dia), revelou uma completa recuperação em 28 dias, estatisticamente superior ao grupo que não recebeu o tratamento com a planta. Apresenta ainda ação antineoplásica, antitumoral e citotóxica, principalmente em linfomas e tumores ovarianos, atribuídos principalmente à maitenina, pristimerina e maitensina. Liofilizados das folhas apresentaram significativa atividade antioxidante, diurética, analgésica, estrogênica, antimicrobiana e parasiticida (Tripanossoma cruzi).
Toxicologia
Os extratos da planta não demonstram efeito teratogênicos, embriotóxico e anti-espermatogênico, nem alterações morfológicas no sistema reprodutivo. A administração por via oral de infusos e liofilizados de folhas, na forma aguda, não mostrou qualquer efeito tóxico em doses de até 1.600 vezes superiores àquelas utilizadas normalmente por uma pessoa.
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